segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Universo tem 10 vezes mais galáxias do que imaginávamos

O telescópio Hubble descobriu que o universo é muito mais lotado do que a gente pensava - e, ao invés de bilhões, temos trilhões de vizinhos por aí.


O telescópio Hubble continua expandindo as fronteiras do espaço – literalmente. Com base em novas fotografias registradas pelo equipamento, uma equipe internacional liderada por pesquisadores de Universidade de Nottingham, chegou a conclusão de que estávamos subestimando em dez vezes o tamanho do universo.
A primeira vez que surgiu uma previsão realista do número de galáxias foi no fim dos anos 90. Ele mesmo, o Hubble, registrou imagens de objetos distantes e de luz muito tênue, que os astrônomos descobriram ser um tipo mais “discreto” de galáxia. Elas eram tão numerosas que a estimativa de galáxias no universo observável ficava entre 100 e 200 bilhões.
Era muito pouco: a nova estimativa é que existam, no mínimo, 2 trilhões de galáxias. Os cientistas usaram novos modelos matemáticos para fazer esse cálculo. Em termos simples, ele é baseado no princípio de que o tamanho de uma galáxia é inversamente proporcional à sua raridade. Hoje em dia, só temos tecnologia para enxergar galáxias relativamente próximas e grandes, que são as mais raras. Os pesquisadores acreditam que elas só representam 10% de tudo que está lá espalhado pelo espaço. Já as galáxias mais numerosas são as pequenas, que hoje em dia mal temos condição de identificar. O modelo matemático extrapolou então aquilo que conseguimos ver para calcular o número de galáxias que ainda são invisíveis.
Os pesquisadores não querem só mapear quantos vizinhos a nossa Via Láctea tem. Eles estão fazendo praticamente um estudo arqueológico. Com os dados do Hubble, eles criaram um modelo em 3D que acompanha a história do universo por 13 bilhões de anos (ou seja, quase até o ponto zero da sua existência, o Big Bang).
Se 2 trilhões já parece um número enorme, no princípio o Universo era ainda mais denso e mais abarrotado. Conforme a idade foi chegando, ele foi se expandindo, as galáxias se espalharam e as pequenas galáxias começaram a ser “engolidas” pelas grandalhonas.
“Elas são as galáxias mais comuns. Quando olhamos para elas no universo primitivo, começamos a ter uma ideia de como essas galáxias típicas se formam. O que vemos agora com o Hubble, as galáxias grandes e brilhantes, são uma espécie de monstro, raridades que seguiram caminhos de formação pouco usuais”, comentou o líder da pesquisa, Christopher Conselice, na revista Popular Science.Para entender ainda mais sobre as galáxias pequenas e apagadas, vamos precisar de uma câmera maior para as selfies do universo. É essa a promessa do James Webb Space Telescope, que vai ser lançado em 2018, para desbancar a posição do Hubble como explorador das galáxias desconhecidas.
fonte: Super

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Maior radiotelescópio vai ajudar na busca por ETs


Fast: maior radiotelescópio do mundo será usado na busca por vida alienígena

São Paulo – O maior radiotelescópio do mundo vai auxiliar nas buscas por vida alienígena. Localizado na China, o Fast desalojou nove mil pessoas para que sua construção fosse realizada.A China anunciou que o Fast será usado em uma parceria com a Breakthrough Listen nas buscas por vida fora da Terra. Caso você não se lembre, a Breakthrough Listen é uma fundação do bilionário russo Yuri Milner com objetivo em achar sinais de vida extraterrestre. O projeto ainda conta com parceria com o astrofísico Stephen Hawking. O Fast teve sua construção finalizada em julho deste ano. Vale dizer que desde o início o intuito do radiotelescópio era buscar por sinais de vida fora de nosso planeta. Cientistas envolvidos no desenvolvimento afirmam que o Fast tem dez vezes mais chances de captar sinais de vida do que outras ferramentas disponíveis.
"Temos a responsabilidade de não parar de procurar", disse Milner quando anunciou seu projeto. A nova parceria trará maiores chances de sucesso no projeto.
O anúncio foi realizado em conjunto entre um representante dos Observatórios Astronômicos Nacionais da China, o professor Jun Yan, e outro da Breakthrough Listen. O Fast fica na província de Guizhou, na China. Ele tem uma antena de 500 metros de diâmetro e custou 184 milhões de dólares. Telescópios como ele captam ondas de rádio em vez de luz, como os tradicionais fazem.
“Um radiotelescópio é como um ouvido sensível escutando mensagens de rádio significativas do ruído branco do universo”, explicou Nan Rendong, cientista chefe do Fast, durante a sua construçãoO telescópio chinês é composto por 4.350 painéis triangulares que se agitam para cima e para baixo. O movimento dos painéis altera a forma da antena, que é capaz de refletir sinais de rádio do universo para um ponto específico, onde a cúpula receptora do Fast está.
Quase duas vezes maior em diâmetro do que a antena do Observatório Arecibo (300 metros), que era a maior do mundo, o Fast terá uma sensibilidade de três a cinco vezes maior do que a do seu rival.
Tópicos: ÁsiaChinaCiênciaEspaçoETsTelescópios
Fonte: Exame 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Quer ganhar dinheiro da Nasa? Concurso recebe projeto de alunos brasileiros


Como você imagina uma Estação Espacial? Céu não é o limite em concurso da Nasa

Um concurso anual feito pela Nasa é a chance de estudantes brasileiros ganharem respeito – e dinheiro – da tão sonhada instituição. A competição da agência espacial norte-americana tem como temática "Estações Espaciais" e é aberta para inscrições de todo o mundo. A disputa é organizada desde 1994 pelo centro de pesquisa da Nasa no Vale do Silício, na Califórnia, em parceria com a Universidade Estadual San José e com a Sociedade Espacial dos Estados Unidos. Todos que participam ganham um certificado e o vencedor leva para casa US$ 3 mil (quase R$ 10 mil).

Como participar?

O concurso é aberto apenas a alunos com até 18 anos, seja da rede pública ou da privada. Em parceria com professores, eles devem criar desenhos artísticos, projetos descrevendo detalhes de estações espaciais futurísticas, ensaios literários ou até elaboração de jogos e esportes em gravidade zero. Pelas regras do concurso, os "assentamento orbitais" não precisam estar necessariamente em um planeta ou lua, mas devem ser casas permanentes relativamente autossuficientes. Os projetos podem se basear em um ou alguns aspectos da estação espacial e sistemas de apoio. 
Não é preciso pagar uma taxa de inscrição pelo concurso, mas os trabalhos devem chegar aos Estados Unidos obrigatoriamente até o dia 1 de março. Além do prêmio, o vencedor ainda é convidado para apresentar seu projeto na reunião da Sociedade Espacial Norte-Americana. Você pode ler mais sobre regras, condições e até exemplos de trabalhos vencedores no site do concurso.

"Estimular a criatividade"

No Brasil para dar palestras e divulgar o concurso, o brasileiro Ivan Lima, biólogo que atualmente trabalha na Nasa, diz que o objetivo da experiência é "estimular a criatividade dos alunos".
"O concurso quer atrair a atenção das crianças e jovens para conteúdos de ciência e tecnologia, incluindo física, química, biologia, astronomia, etc. Ele representa uma excelente oportunidade para os alunos expressarem sua criatividade, seu talento e seu fascínio pela exploração espacial", conta. Paulino ainda lembra que as atividades são multidisciplinares e, como os trabalhos devem ser enviados em inglês, contam com participação fundamental dos professores desta matéria. "Os trabalhos artísticos, pela sua natureza, não exigem o domínio do inglês. Professores que trabalham história, literatura, direito e ética também podem ser muito importantes dependendo do trabalho", diz.
Fonte: Uol