Nos próximos três ou quatro meses o campo magnético do Sol sofrerá uma inversão de seus polos magnéticos, processo esse ocorre dentro de um ciclo de 11 anos que atualmente está quase na metade, informou quarta-feira (7) a Nasa.
"Essa mudança terá repercussões em todo o Sistema Solar" disse o físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford (Califórnia), em declarações para a agência espacial. A inversão de polaridade - norte e sul trocam posições - ocorre quando o dínamo magnético interno do sol passa por um processo de reorganização.
Os físicos denominam essa fase de "Máximo Solar", durante esse período as erupções de energia solar podem aumentar os raios cósmicos e ultravioleta que chegam na Terra, e isso pode interferir nas comunicações por rádio e até mesmo na temperatura do planeta.
Hoeksema é o diretor do observatório Solar Wilcox, de Stanford, um dos poucos observatórios do mundo que estudam os campos magnéticos do Sol e cujos os magnetogramas observaram o magnetismo polar da estrela a partir do ano de 1976, desde quando já foram registrados três ciclos.
Phil Scherrer, outro físico solar de Stanford, disse que "os campos magnéticos polares do Sol se debilitam, ficam em zero, e depois emergem novamente com a polaridade oposta. É parte regular do ciclo solar."
O Alcance da influência magnética solar, conhecida como heliosfera, se estende em bilhões de quilômetros além de Plutão, as sondas Voyager lançadas em 1977 que agora rondam o umbral do espaço interestelar, captam essa influência.
fonte: g1
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Combinação de 25 fotos feitas pelo SDO em momentos diferentes (Foto: NASA/SDO/AIA/S. Wiessinger) |