segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Água em solo marciano traz novas esperanças

Curiosity em Marte (Foto: NASA)
As amostras de solo do "planeta vermelho" coletadas pela sonda Curiosity trazem uma nova esperança para uma futura exploração humana em marte. Quem sabe até o estabelecimento de uma colônia?

Foi divulgado pelos pesquisadores da NASA, nesta quinta (26), que a primeira amostra analisada do solo de marte continha cerca de 2% de água. Por que isso é importante? Porque essa informação traz a esperança de uma forma de hidratar os humanos que futuramente virão explorar o planeta vermelho.

"Vemos marte como um deserto muito seco e embora não se encontre tanta água quanto no solo da Terra, é substancial", informou Laurie Leshin, a principal autora do estudo publicado pela renomada revista científica americana "Science".

Em 0,03 m³ de solo marciano, um bloco com largura, profundidade e altura proporcional a um pé, "talvez que você possa tirar dali uns dois 'pint' (0,94 litros)", acrescente Lenshin, decana de Ciência do Instituto Politécnico Renssealer.

Nenhuma agência espacial tem planos para levar pessoas a marte, pelo menos não a curto prazo, mas os Estados Unidos dizem ter esperança de conseguirem enviar os primeiros humanos para marte por volta de 2030.

Indícios de água no vizinho empoeirado e seco da Terra não são novidade.
Sondas e orbitadores já tinham descoberto anteriormente evidências que Marte provavelmente tinha água, seja na forma de gelo, de reservatórios subterrâneos ou, inclusive, água potável, talvez bilhões de anos atrás.
Mas as evidências mais recentes vieram de dez dos equipamentos mais avançados já enviados para investigar a superfície marciana a bordo da sonda Curiosity, que pousou ali em 2012.
As descobertas, descritas em cinco diferentes artigos publicados na "Science", incluem a análise de uma amostra de pó, terra e solo finamente granulado de uma parte da Cratera Gale, conhecida como Rocknest (berço rochoso).
Leshin disse que a amostra analisada pela sonda Curiosity provavelmente representa o que se poderia encontrar em outras regiões de Marte, uma vez que o planeta é coberto com uma fina camada de solo superficial.
'Agora sabemos que deve ter havido água em abundância e facilmente acessível em Marte', disse Leshin.
Fonte: G1

domingo, 29 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Viada Alienígena na estratosfera?

Um professor da Universidade de Sheffield (Reino Unido) afirma ter coletado material orgânico a 27 mil m de altitude. Segundo Milton Wainwright, não é conhecido nenhum fenômeno natural capaz de levar essas partículas a essa altitude, com exceção de violentas erupções vulcânicas. 
Fotografia divulgada nesta sexta-feira (20) pela Universidade de Sheffield mostra o que um grupo de cientistas britânicos considera uma partícula de vida do espaço. Eles acreditam ter encontrado provas da existência de vida fora da terra. Foto: EFE/Universidad de Sheffield/Ho
Contudo, como nenhum vulcão entrou em erupção nos últimos três anos na região pesquisada, Wainwright conclui que a única fonte possível para essas "entidades biológicas" é o espaço. As informações são do Huffington Post. 

"Nossa conclusão é que a vida está continuamente chegando à Terra pelo espaço, a vida não é restrita a este planeta e certamente não se originou aqui", diz o professor. "Se a vida continua a chegar do espaço, então nós temos que mudar completamente nossa visão de biologia e evolução (...) novos livros didáticos terão que ser escritos!" 

Segundo o Huffington Post, Wainwright divulgou seu estudo no Journal of Cosmology, uma publicação especializada controversa, com uma política de revisão por pares "questionável". O professor admite, contudo, que pode ser descoberto um processo natural que tenha levado as partículas à estratosfera. 

O próximo passo, afirma o pesquisador, é descobrir se o material é realmente de fora da Terra. "O experimento absolutamente crucial será o que é chamado de 'fracionamento isotópico'. Nós vamos pegar algumas amostras que isolamos da estratosfera e introduzir em uma máquina complexa. Um botão será apertado. Se a proporção de isótopos nos der um número, então os organismos serão da Terra, se der outro, eles são do espaço." 

Fonte: Terra

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Sistema Solar

O nosso sistema solar é composto por oito planetas, cinco planetóides, centenas de satélites planetários, milhares de asteróides e milhões de cometas, que orbitam uma estrela anã, localizada no braço de Órion da galáxia Via Láctea. 

Existem várias teorias que tentam explicar sua formação. A mais aceita, conhecida como "hipótese nebular", admite que o nosso sistema solar surgiu há cerca de 4,56 bilhões de anos a partir de uma vasta nuvem de gases (principalmente hidrogênio e hélio) e poeira que se condensou, devido a atração gravitacional, até formar um nódulo central, formando um "proto-sol". Na parte mais externa desta nuvem formaram-se pequenos acúmulos de matéria que passaram a orbitar este proto-sol em vários planos, mas sucessivas colisões entre estes foram acrescendo matéria que, com campos gravitacionais maiores, passaram a absorver o material de órbitas próximas formando proto-planetas, com órbitas praticamente circulares e coplanares com o plano equatorial deste proto-sol. 

A enorme pressão gravitacional no interior deste proto-sol começou a fundir os núcleos de hidrogênio em hélio, que o fez atingir 10 milhões de graus Celsius e começar a brilhar. A radiação liberada nestas fusões nucleares gerou um vento solar muito forte, que passou a varrer os elementos mais voláteis dos planetas mais próximos, deixando-os apenas com os materiais mais pesados, como rochas e metais. Os planetas mais distantes mantiveram quase todo o seu material original, tornando-se os "gigantes gasosos" do nosso sistema solar. Se o maior destes, o planeta Júpiter, tivesse entre 20 e 80 vezes a sua massa atual, poderia também iniciar fusões nucleares em seu interior, tornando-se a segunda estrela do nosso sistema solar, mas do tipo "anã marrom", de baixa luminosidade. 


A forte gravidade de Júpiter impossibilitou que o material mais próximo de sua órbita se acumulasse para formar corpos do tamanho de planetas, que então continuou a orbitar o Sol e formam o que hoje conhecemos como "cinturão de asteróides". 



Nos limites do nosso sistema solar existe ainda um outro cinturão de asteróides denominado "cinturão de Kuiper" (pronuncia-se "Cáiper"). Sua origem é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa proto-solar que deu origem aos planetas. Alguns dos objetos desta região têm dimensões quase planetárias, denominados planetas-anões, como Éris, Caronte e Plutão (considerado um planeta até 11 de Junho de 2008). 



A maioria dos planetas do nosso sistema solar possuem satélites naturais, que são corpos menores que orbitam estes em vez do Sol. Alguns destes satélites naturais podem ter se formado juntos com o planeta que orbitam, outros podem ter sido atraídos e capturados pelos campos gravitacionais dos planetas e outros ainda podem ter surgido dos restos de violentas colisões sofridas pelo planeta que orbitam, como, possivelmente, é o caso da nossa Lua. 



Muito além das órbitas dos planetas, existem ainda pequenos corpos feitos de "gelo sujo" (gases congelados e poeira), considerados resíduos da formação do sistema solar, que também orbitam o nosso Sol. Possuem órbitas altamente elípticas, que os trazem para muito perto do Sol e depois os jogam profundamente no espaço, freqüentemente para além da órbita de Plutão. Quando um destes corpos está distante do Sol, as baixíssimas temperaturas mantêm seu material congelado, em estado sólido. Mas quando se aproxima do Sol, sua temperatura aumenta, fazendo com que as substâncias mais voláteis evaporem e formem uma espécie de atmosfera a sua volta, que é soprada pelos ventos solares formando uma "cauda" que se estende por milhões de quilômetros, sempre na direção contrária ao Sol, quando o chamamos de "cometa".

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Minijato de poeira é visto por sonda da Nasa em um dos anéis de Saturno

Minijato no anel F de Saturno registrado pela sonda Cassini (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute)

A sonda espacial Cassini, que estuda Saturno e suas luas desde 2004, registrou um minijato no anel F do planeta dos anéis. A imagem foi feita em luz visível, no dia 20 de junho, e divulgada nesta segunda-feira (16) pela agência espacial americana (Nasa).

Segundo os cientistas, os minijatos são causados por colisões, em baixa velocidade, de poeira vinda do núcleo do anel.
A foto clicada pela Cassini com uma de suas duas câmeras está 48° abaixo do plano normal dos anéis. A imagem foi obtida a uma distância de cerca de 1.400 mil km de Saturno, em uma escala de 8 km por pixel.
No canto superior direito da imagem acima, também aparece o anel A do sexto planeta do Sistema Solar. Seus sete anéis são nomeados de A a G, pela ordem em que foram descobertos. São eles: D, C, B, A, F, G e E.
A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI). A equipe que processa e libera as imagens fica no Instituto de Ciência Espacial, em Boulder, Colorado.
Saturno e Titã, uma de suas dezenas de luas, em imagem do dia 31 de agosto de 2012 (Foto: HO/Nasa/AFP)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O fato mais impressionante sobre o Universo

Nós podemos nos perguntar, dentre tantos conhecimentos e fatos que existem em nosso Universo relativamente infinito, qual deles é o mais impressionante? Para alguns a resposta pode ser a ordem, para outros poderia ser a vida, e assim começaríamos uma grande discussão que levaria semanas.
Eu no entanto acredito que a resposta para essa pergunta pareça ser bem pessoal, mas eu digo que compartilho da mesma opinião que do astrofísico norte-americano Neil deGrasse Tyson.
No vídeo abaixo, narrado por Guilherme Briggs (lembra do Buzz Lightyear?), Neil nos conta sobre a sua resposta para nossa pergunta. Qual é o fato mais impressionante do Universo. 
Acredite em mim a resposta desse astrofísico é um tanto encorajadora.

Fiquem com essa resposta sempre em mente! Tenham um ótimo final de semana pessoal!

Imagem da Semana

Galáxia espiral IC 2560 (Foto: Hubble/ESA & NASA)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Em 1 ano, Curiosity vê indícios de água e vida microbiana no passado de Marte

A sonda Curiosity completou um ano em 6 de agosto deste ano. Em metade do tempo previsto para sua missão principal, o jipe-robô já detectou que o planeta pode ter abrigado vida no passado.

"Os sucessos da nossa Curiosity - aquele dramático pouso um ano atrás e as descobertas científicas desde então - nos levam adiante na exploração espacial, em direção ao envio de humanos para asteroides e para Marte", afirma o diretor da Nasa, Charles Bolden. "Marcas de pneus hoje vão nos levar a pegadas de botas mais tarde". 

Entre esses sucessos, quatro descobertas se destacam, de acordo com Duilia Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa: “Inspeção de pedras que parecem ser do leito de um riacho extinto, confirmação de que Marte teve água no passado, análise da composição química das rochas marcianas e confirmação de que Marte já teve condições de abrigar vida microbiana”. 

Para esses avanços, a Curiosity coletou 190 gigabits de dados, enviou 36,7 mil imagens completas à Terra, disparou mais de 75 mil vezes seu raio laser, perfurou e coletou material de duas rochas e percorreu mais de 1,6 quilômetros de distância. 

Primeiro sucesso 

​Em uma missão desse tamanho, até o pouso pode ser considerado uma conquista. Da década de 1960 até hoje, a taxa de sucesso do envio de sondas a Marte fica abaixo de 50%. E a Curiosity não é uma sonda qualquer: o jipe-robô custa US$ 2,5 bilhões, carrega aparato científico delicado e pesa quase 1 tonelada. Mesmo assim, após se desvencilhar da nave que a levou até o planeta vermelho, a representante terrestre atingiu a Cratera de Gale intacta às 2h32 do dia 6 de agosto de 2012. 

Depois da viagem de oito meses e 570 milhões de quilômetros da Terra até Marte, o trabalho da sonda estava só começando. Seus objetivos eram claros: analisando o clima, a geologia e a habitabilidade de Marte, constatar se há ou se já houve vida em Marte e coletar o máximo de dados para determinar se será viável uma missão tripulada ao planeta vermelho no futuro. 
Na Terra, angústia. Imediatamente após o pouso, dezenas de cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, aguardavam em silêncio o anúncio de que a sonda havia descido com segurança. Em imagens transmitidas pela agência, ouviram-se os gritos que eclodiram pela sala ante a confirmação. Braços para o alto, choro, pulos na cadeira, abraços. “Oh god”, disse um. “Vamos ver até onde a Curiosity vai nos levar”, falou outro. 

Fonte: Terra 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Astrônomos identificam alinhamento cósmico misterioso


Resultado das pesquisas foi considerado surpreendente e pode ajudar na compreensão da história da galáxia. 

Com o auxílio do New Technology Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), e do Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), astrônomos exploraram mais de 100 nebulosas planetárias situadas no bojo central da nossa galáxia e descobriram que os membros em forma de borboleta desta família cósmica tendem a alinhar-se misteriosamente. O resultado foi considerado surpreendente, tendo em vista as histórias diferentes e propriedades variadas dos corpos celestes. 

Nas últimas fases da vida, uma estrela como o Sol lança suas camadas exteriores para o espaço circundante, dando origem a objetos chamados nebulosas planetárias, que apresentam uma variedade de formas bonitas e intrigantes. Um dos tipos de nebulosa, conhecida como nebulosa planetária bipolar, costuma formar ampulhetas ou borboletas "fantasmagóricas" em torno das suas estrelas progenitoras. 

Todas estas nebulosas formaram-se em locais diferentes e apresentam diferentes características. E nem as nebulosas individuais nem as estrelas que as formaram interagem com outras nebulosas planetárias. No entanto, um novo estudo feito por astrónomos da Universidade de Manchester, Reino Unido, mostra semelhanças surpreendentes entre algumas destas nebulosas: muitas delas alinham-se no céu da mesma maneira. 

"Esta é verdadeiramente uma descoberta surpreendente e, se for confirmada, uma descoberta muito importante", explica Bryan Rees, da Universidade de Manchester, um dos dois autores do artigo científico que apresenta estes resultados. "Muitas destas borboletas fantasmagóricas parecem ter os seus eixos maiores alinhados ao longo do plano da nossa galáxia. Ao usar imagens tanto do Hubble como do NTT, pudemos ver muito bem estes objetos e por isso conseguimos estudá-los com grande detalhe". 

Os astrónomos observaram 130 nebulosas planetárias no bojo central da Via Láctea e identificaram três tipos diferentes destes objetos, estudando cuidadosamente as suas características e a sua aparência. "Enquanto duas destas populações estavam alinhadas no céu de modo completamente aleatório, como o esperado, descobrimos que a terceira - as nebulosas bipolares - mostrava uma preferência surpreendente por um determinado alinhamento", explica o segundo autor do artigo, Albert Zijlstra, também da Universidade de Manchester. "Apesar de qualquer alinhamento ser por si só uma surpresa, encontrá-lo na região central muito populosa da galáxia é ainda mais inesperado". 

Pensa-se que as nebulosas planetárias são esculpidas pela rotação do sistema estelar a partir do qual se formam, dependendo por isso das propriedades do sistema - por exemplo, se se tratar de uma estrela binária, ou se existirem um número de planetas em sua órbita, ambos os fatores são suscetíveis de influenciar a forma da bolha soprada. As formas das nebulosas bipolares são bastante extremas e são provavelmente causadas por jatos que lançam, a partir do sistema binário, matéria perpendicular à órbita. 

"O alinhamento que estamos a ver destas nebulosas bipolares indicam que algo de estranho se passa nos sistemas estelares situados no seio do bojo central", explica Rees. "Para que se alinhem do modo que vemos, os sistemas estelares que formam estas nebulosas teriam que estar a rodar perpendicularmente às nuvens interestelares a partir das quais se formaram, o que é muito estranho". 

Apesar das propriedades das suas estrelas progenitoras darem forma a estas nebulosas, esta nova descoberta aponta para outro fator ainda mais misterioso. Ao mesmo tempo em que temos estas características estelares complexas temos também as da Via Láctea; o bojo central roda como um todo em torno do centro galáctico. Este bojo pode ter uma influência maior sobre toda a nossa Galáxia do que o suposto anteriormente - através dos campos magnéticos. Os astrónomos sugerem que o comportamento ordenado das nebulosas planetárias poderia ter sido causado pela presença de campos magnéticos fortes existentes na altura em que o bojo se formou. 

Como as nebulosas mais perto de casa não se alinham do mesmo modo ordenado, estes campos teriam que ter sido muitas vezes mais forte do que os que existem presentemente na nossa vizinhança. "Podemos aprender muito com o estudo destes objetos", conclui Zijlstra. "Se as nebulosas se comportam realmente deste modo inesperado, este facto terá consequências não apenas para o passado de estrelas individuais, mas também para o passado de toda a Galáxia".

Fonte: Terra 

domingo, 8 de setembro de 2013

Planeta Vênus e a Lua

Foto tirada na noite deste domingo(09/09/2013) no céu Curitibano.


Apesar de parecer ser uma estrela, este ponto encontrado no céu desta noite, é o planeta Vênus. Muitos faze essa confusão mas existe um macete fácil para diferenciar estrelas de planetas.
Ao olharmos o céu noturno com atenção, conseguimos observar: estrelas que parecem "piscar" e outras com brilho fixo.
As estrelas "piscantes"  são estrelas mesmo. A "estrelas" com brilho fixo são planetas.
O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulências na atmosfera da Terra.
A imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando a atmosfera se agita, a luz emitida por uma estrela sofre um efeito de refração e é desviada em diversas direções. Por isso, a imagem da estrela sofre leves alterações de brilho e posição, e ela fica “piscando”.

Fonte : http://fisicanossa.blogspot.com.br/2011/11/como-diferenciar-uma-estrela-de-um.html

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nebulosas em forma de borboleta

Conjunto de Nebulosas planetárias captadas pelo telescópio Hubble (Foto: NASA)

Astrônomos analisaram imagens de mais de 100 nebulosas planetárias captadas pela agência espacial americana (Nasa) e pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Eles descobriram que estes fenômenos, cujo formato em algumas situações lembra uma borboleta, tendem a ficar numa posição alinhada, mesmo tendo origens e propriedades variadas.

O efeito acontece em estrelas pequenas e médias, de tamanho não muito diferente do Sol. A observação ocorreu com nebulosas bipolares na região central da galáxia.

Apesar do nome, a nebulosa planetária é uma fase da evolução de uma estrela. No caso das nebulosas bipolares, um grande volume de gás e poeira estelar é expelido em duas direções a partir do núcleo, formando as "asas" da borboleta. O seu núcleo é uma anã-branca - uma estrela em um dos seus últimos estágios de existência.

Apesar de as nebulosas planetárias observadas terem se formado em locais diferentes, com características distintas e de não haver interação entre as anãs brancas e suas estruturas, a pesquisa mostra que elas têm um alinhamento semelhante entre si.

"Muitas dessas 'borboletas' fantasmagóricas parecem ter seus longos eixos alinhados ao longo do plano da nossa galáxia", afirmou Bryan Rees, cientista da Universidade de Manchester e um dos autores do estudo, em entrevista à Agência Espacial Europeia (ESA)."O alinhamento que estamos vendo para essas nebulosas bipolares indica que algo bizarro sobre os sistemas estelares ocorre na região central [da Via Láctea]", disse Rees.

"Para haver o alinhamento da forma que estamos vendo, os sistemas de estrelas que formaram essas nebulosas teriam que estar girando perpendicualrmente às nuvens interestelares de que eles se originaram, o que é muito estranho", completou o cientista.

Fonte: G1

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Chandra observa buraco negro da Via Láctea "rejeitando comida"

      Astrônomos usando o Observatório de raios-X Chandra deram um grande passo na explicação do motivo do material em torno do buraco negro gigante no centro da Via Láctea ser extremamente fraco em raios-X. Esta descoberta tem implicações importantes para a compreensão dos buracos negros. 

Novas imagens de Sagittarius A* (Sgr A*) pelo Chandra, que está localizado a cerca de 26.000 anos-luz da Terra, indicam que menos de 1% do gás inicialmente ao alcance gravitacional de Sgr A* chega ao ponto de não retorno, também chamado horizonte de eventos. Em vez disso, a maior parte do gás é expelido antes de chegar perto do horizonte de eventos e antes de de aumentar seu brilho, levando à pouca emissão de raios-X. 
       Estas novas descobertas são o resultado de uma das mais longas campanhas observacionais já realizadas com o Chandra. O observatório recolheu o equivalente a cinco semanas de dados de Sgr A* em 2012. Os cientistas usaram este período de observação para capturar imagens e assinaturas energéticas em raios-X, extraordinariamente detalhadas e sensíveis, do gás super-aquecido que roda em torno de Sgr A*, cuja massa é aproximadamente 4 milhões de vezes maior que a do Sol. 
Composição da região em torno de Sagittarius A* (Sgr A*), o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia. A emissão em raios-X obtida pelo Chandra é vista em azul, e a emissão infravermelha do Hubble é vista em púrpura e amarelo. A ampliação mostra Sgr A* apenas em raios-X, cobrindo uma região com meio ano-luz em diâmetro. Crédito: raios-X: NASA/UMass/Q. D. Wang et al.; Infravermelho: NASA/STScI
"Nós achamos que a maioria das grandes galáxias tem um buraco negro supermassivo no seu centro, mas estão muito longe para estudarmos como a matéria flui perto deles," realça Q. Daniel Wang da Universidade de Massachusetts em Amherst, que liderou o estudo publicado na revista Science. "Sgr A* é um dos poucos buracos negros perto o suficiente para que nós possamos realmente testemunhar este processo." 
        Os pesquisadores descobriram que os dados de Sgr A* pelo Chandra não suportam os modelos teóricos nos quais os raios-X são emitidos a partir de uma concentração de estrelas de baixa-massa em redor do buraco negro. Em vez disso, os dados em raios-X mostram que o gás perto do buraco negro provavelmente é originário de ventos produzidos por uma distribuição de jovens estrelas massivas, distribuição esta em forma de disco. 
        "Esta nova imagem do Chandra é uma das mais esplêndidas que já vi," afirma a co-autora Sera Markoff da Universidade de Amesterdão nos Países Baixos. "Estamos vendo Sgr A* capturando gás quente expelido por estrelas próximas, e a afunilá-lo na direção do horizonte de eventos." 
Para mergulhar no horizonte de eventos, o material capturado por um buraco negro deve perder calor e momento. A expulsão de matéria permite com que isto ocorra. 
         "A maioria do gás deve ser jogado fora assim que uma pequena quantidade alcança o buraco negro," afirma o co-autor Feng Yuan do Observatório Astronômico de Xangai na China. "Ao contrário do que se pensa, os buracos negros na realidade não devoram tudo o que é puxado na sua direção. Sgr A* aparentemente acha que muito do seu alimento é difícil de engolir." 
         O gás disponível para Sgr A* é muito difuso e super-quente, por isso é difícil de ser capturado e engolido pelo buraco negro. Os buracos negros glutões que alimentam quasares e produzem grandes quantidades de radiação têm reservatórios de gás muito mais frio e denso do que os de Sgr A*. 
         O horizonte de eventos de Sgr A* lança uma sombra contra a matéria brilhante em torno do buraco negro. Esta pesquisa ajuda os esforços que usam radiotelescópios para observar e compreender a sombra. Também será útil para a compreensão do efeito que as estrelas e nuvens de gás em órbita têm sobre a matéria que flui na direção de e para longe do buraco negro. 


Fonte: Universe Today

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Hubble revela pela primeira vez a verdadeira cor de exoplaneta



 Astrônomos determinaram pela primeira vez a verdadeira cor de um planeta na órbita de uma estrela diferente do Sol. Se visto por olhos humanos, o planeta conhecido como HD 189733b seria de um profundo azul cobalto - parecido com as cores da Terra quando vista do espaço. As semelhanças, porém, acabam por aí. 
    Esse planeta extrassolar azul é um gigante gasoso que orbita muito próximo de sua estrela. A atmosfera ali é abrasadora, com uma temperatura que ultrapassa os 1000 ºC, e lá chove vidro - em partículas de silicato condensado carregadas por ventos de 7 mil quilômetros por hora. 


Impressão artística do planeta azul HD 189733b mostra cores que lembram a Terra. Foto: NASA, ESA, M. Kornmesser / Divulgação
   À distância de 63 anos-luz da Terra, esse mundo alienígena é um dos exoplanetas mais próximos de nós que pode ser visto cruzando sua estrela. O HD 189733b tem sido intensivamente estudado pelo Hubble e outros telescópios, e astrônomos descobriram que sua atmosfera é muito variável e exótica, com nevoeiros e violentas erupções. Agora, o planeta foi alvo de um estudo que determinou de maneira inédita a cor visível de um exoplaneta. 
     "Esse planeta foi bem estudado no passado, mas medir sua cor é algo realmente novo - podemos imaginar de verdade como esse planeta seria se fôssemos capazes de vê-lo diretamente", afirmou Frédéric Pont, da Universidade de Exeter, autor do estudo que será publicado na edição de agosto da revista Astrophysical Journal Letters. 
      A cor azul desse planeta não é derivada do reflexo de um oceano tropical, mas se deve à turbulenta atmosfera que, acreditam os cientistas, está misturada com partículas de silicato que dispersam luz azul. Para determinar como seria o planeta aos olhos humanos, os astrônomos mediram quanta luz era refletida da superfície do HD 189733b - uma propriedade conhecida como "albedo". 


Fonte: Terra