quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Curiosidade: O que aconteceria se a Terra parasse de girar?



Para o biólogo Wellinton Delitti, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociência da USP, se um dia a Terra parar de girar, o mais provável é a extinção total da vida no planeta.

Delitti acredita que o fenômeno começaria paralisando inicialmente o sistema climático, a circulação marinha e a vida dos seres humanos. "Uma área do planeta ficaria virada para o Sol, podendo ficar exposta a altas temperaturas, assim como outra parte ficaria totalmente escura, com a possibilidade de baixíssimas temperaturas", explica.

Em razão disso, a possibilidade de algum ser vivo sobreviver seria bastante remota. "Talvez tivessem alguma chance os organismos que vivem no fundo do mar, próximos a abismos que expelem calor das profundezas da Terra, já que eles têm a vida baseada na quimiossíntese (que não depende da luz solar)”. Apesar disso, o biólogo destacou que o mais provável seria "uma catástrofe inimaginável que destruiria todo o ecossistema terrestre".

O professor Marcelo Knobel, do Instituto de Física da Unicamp, lembra que a parada em si também seria determinante. "A Terra sairia de uma velocidade de aproximadamente 900 km/h (em latitude de 45°) para zero, causando uma forte freada, mas essa velocidade pode variar, dependendo da latitude."

Segundo ele, provavelmente os prédios e casas do mundo inteiro cairiam, e uma espécie de terremoto assolaria a superfície terrestre. Já a gravidade não mudaria em absolutamente nada.

O que é e quanto vale um ano-luz?



O Ano-luz é uma medida de comprimento que corresponde à distância percorrida pela luz em um ano. "Isso significa, aproximadamente, 9,5 trilhões de quilômetros", explica o físico Charles Bonatto, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Mais precisamente, são 9.460.536.207.068.016 de metros percorridos com uma velocidade de 299.792.458 metros por segundo durante 365 dias. Só pra ter uma idéia da rapidez, o tempo que a luz leva para percorrer os 149.597.870 de quilômetros que separam a Terra do Sol é de apenas 8,3 minutos.

Kepler 22-b , o planeta semelhante a Terra


Em dezembro de 2011, a Agência Espacial Americana confirmou a descoberta do primeiro planeta localizado na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol. O planeta está sendo chamado de Kepler-22b e tem cerca de 2,5 vezes o tamanho do raio da Terra. Cientistas estão incertos quanto à composição do planeta, mas a descoberta foi um passo a mais na busca por um planeta gêmeo da Terra.

Último planeta anão descoberto

Grupo de pesquisadores, incluindo brasileiros, conseguiu medir com precisão o raio do planeta Éris localizado no extremo do Sistema Solar
Representação artística do planeta Éris


Uma equipe internacional de pesquisadores – com a participação de brasileiros – e astrônomos amadores conseguiu medir o raio do planeta-anão Eris, que é 1.163 quilômetros. A margem de erro da medida é de seis quilômetros para mais ou menos. Com o dado em mãos, o grupo respondeu uma pergunta incômoda que fora formulada no início de 2005, quando Eris foi descoberto: seria esse astro bem maior que Plutão? A resposta é não, visto que o raio estimado de Plutão, que foi considerado o nono planeta do sistema solar até ser rebaixado, em 2006, ao status de planeta-anão, está entre 1.150 e 1.200 quilômetros. O tamanho do raio de Eris, publicado na revista Nature na quarta-feira (26), só foi possível de ser obtido devido à observação de um evento de ocultação raro, no qual o planeta-anão passou na frente de uma estrela distante.

“Eris, como outros objetos localizados depois de Netuno, na região chamada Cinturão de Kuiper, tem importância grande por conter informações sobre a formação e evolução do sistema solar”, explica o coordenador do grupo brasileiro, Roberto Vieira Martins, do Observatório Nacional do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A rara observação de Eris, difícil por ele estar 95 vezes mais distante do Sol que a Terra e por transitar no momento por um local do céu com poucas estrelas, foi feita no dia 3 de novembro de 2010. Dos 62 participantes do estudo, 14 são brasileiros e trabalham em oito instituições espalhadas pelo país.

Segundo Martins, foi necessário um vasto estudo, realizado principalmente por brasileiros, para checar quando o planeta-anão passaria em frente a uma estrela – como num eclipse. Foi levantado por onde a sombra do Eris na Terra. Quanto mais brilhante fosse a estrela, melhor. “Eris é muito pequeno, foi o mesmo que medir um círculo de 20 metros de diâmetro na Lua observando da Terra”, explica o astrônomo.

Após o cálculo, os observatórios por onde o Eris poderia ser visto da Terra apontaram para o planeta-anão. Infelizmente, no dia da observacão as nuvens fecharam o tempo em cidades brasileiras, como Ponta Grossa, Belo Horizonte, São José dos Campos e Itajubá, onde os astrônomos esperavam ver o evento. Para realizar o estudo, os pesquisadores contaram então com dados de outras localidades, como os obtidos pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.

Eris reflete a luz solar. Aliás, reflete muita luz, por isso mesmo os astrônomos pensavam que se tratava de um objeto grande. Agora, com o raio do planeta-anão, os autores do estudo conseguem inferir com maior precisão do que é formada a sua superfície, não dependendo apenas da luz refletida. “Ela é branca, o que é estranho”, diz Martins. Como está muito longe do Sol, numa região fria, quando exposto ao clima espacial – radiações cósmicas – Eris deveria apresentar um gelo escuro, de acordo com estudos já feitos sobre radiações do espaço. Porém, o planeta-anão é um dos objetos mais brancos que existem no sistema solar.

De acordo com os pesquisadores, duas podem ser as explicações para essa cor. Ou os estudos feitos sobre radiações cósmicas não prevêem exatamente o que ocorre, ou material fresco é depositado periodicamente na superfície de Eris – ele deveria ter uma atmosfera como a de Plutão que foi congelada. “Um mecanismo térmico sazonal expele material volátil que retorna congelado à superfície”, conta outro pesquisador brasileiro que participou do estudo, Marcelo Assafin, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Esse depósito de gelo de nitrogênio, em cristais, de uma espessura pequena de milímetros, como um fino filme cobrindo a superfície, é eficiente na reflexão da luz. E, por baixo disso, deve haver mais gelo”, completa.

Além disso, por ser menor do que se previa Eris é um planeta-anão com densidade maior do que a pensada. “Ele deve ter uma quantidade maior de rocha”, conta Assafin. Isto é, “Eris deve ter sido formado mais perto do Sol do que se imagina”, diz Martins. De acordo com os pesquisadores, um modelo propõe que tenha sido formado na região de Júpiter e, depois, lançado para os confins do sistema solar.

Eris, que em grego significa a deusa da discórdia, foi o responsável pelo rebaixamento de Plutão ao título de planeta-anão. Essa categoria de astro foi criada em 2006 (leia a matéria Éramos nove) para designar astros que orbitam o Sol, têm forma arredondada e que compartilham sua órbita com outros corpos na região em que se encontram. Desse modo, o sistema solar possui oito planetas somados a cinco planetas-anões (Plutão, Eris, Haumea, Makemake e Ceres) e a milhares de asteroides. O estudo conclui que Eris e Plutão devem ser considerados planetas-anões gêmeos – apresentam raios, densidade e constituição química similares –, apesar de a atmosfera de Plutão impedir que seja medido seu raio real com precisão melhor que de Eris. Se a estrela fosse mais brilhante, a margem de erro da medida do raio do planeta-anão poderia ser de 2 quilômetros. Mesmo assim, apenas a visita de sondas permitiria medir o tamanho de Eris com maior precisão.

Estrela gigante pode ter cauda do tamanho do Sistema Solar


A estrela gigante Betelgeuse, uma supergigante vermelha também chamada de Alfa Órion, localizada na constelação de Órion, tem uma cauda de gás do tamanho do nosso Sistema Solar, indicaram fotos de uma precisão sem precedente publicadas nesta quarta-feira pelo Observatório de Paris. A Betelgeuse é uma estrela mil vezes maior que o Sol. Isto significa que se estivesse no centro de nosso Sistema Solar, se estenderia até Júpiter, passando por Mercúrio, Vênus e a Terra.
Concepção artística mostra a estrela Betelgeuse, que é mil vezes maior que o Sol; nos pontos à direita (de cima para baixo) estão o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno Foto: AFP
Concepção artística mostra a estrela Betelgeuse, que é mil vezes maior que o Sol; nos pontos à direita (de cima para baixo) estão o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno
Foto: AFP

Ela é cem vezes mais brilhante que o Sol, mas tem apenas alguns milhões de anos, em contraste com os 4,5 bilhões de anos do Sol, e apesar de sua juventude, tem pouco tempo de vida. Dentro de poucos milhares de ano, ela se tornará uma supernova e então será facilmente visível da Terra.

Os astrônomos do Laboratório de Estudos Espaciais e de Instrumentação na Astrofísica (Lesia) do Observatório de Paris obtiveram as imagens mais detalhadas de Betelgeuse graças ao sistema óptico adaptável do telescópio VLT da Organização Europeia de Pesquisa Astronômica (ESO) no Chile. "A óptica adaptativa corrige a maior parte das perturbações ligadas à atmosfera", indicou o Observatório de Paris em um comunicado.

Para destacar a cauda de gás, assim como uma gigantesca bolha que verve na superfície da estrela, os astrofísicos utilizaram uma técnica chamada de "imagem seletiva".
 "Ela consiste em selecionar as melhores imagens entre milhares de poses muito rápidas que fixam as perturbações atmosféricas residuais, para depois combiná-las em uma imagem muito mais fina do que a resultante de uma só pose grande", destacou o Observatório.

Big Bang : a grande explosão



"O Big Bang, também por vezes denominada em português como a Grande Explosão, é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do Universo. Os cosmólogos usam o termo "Big Bang" para se referir à ideia de que o Universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.

Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como "hipótese do átomo primordial". O quadro para o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente.[6] Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta idéia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e temperaturas extremas,[7][8][9] e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.

Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos.[10][11][12] Hoyle mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação cósmica de fundo em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria do Big Bang devem ter ocorrido."

A galáxia retangular

A galáxia anã LEDA 074886, detectada em 2012, está localizada a 70 milhões de anos-luz, mas mesmo à longa distância ela chama a atenção pelo seu aspecto retangular. As galáxias em geral têm formato oval, como discos, elipses tridimensionais, às vezes até com curvaturas irregulares, mas essa nova galáxia tem uma aparência bastante peculiar, com cantos mais definidos.

De acordo com algumas especulações, o aspecto retangular pode ser resultado da colisão de duas galáxias em formato espiral. A LEDA 074886 pode ser vista como um retângulo ou até mesmo se assemelhando a um diamante, mas apresenta um disco de orientação circular no centro. Acredita-se que a galáxia deve perder seus cantos duros ao longo de bilhões de anos.

O magnetismo nas crateras da Lua

Um dos maiores mistérios da Lua, assim como a sua origem e formação, é a presença de campos altamente magnetizados na superfície, mas apenas em algumas partes da crosta e não em sua totalidade. A região da bacia do Polo Sul-Aitken, onde se encontra a maior cratera na superfície da Lua, apresenta também a maior concentração de magnetismo do satélite e tem despertado a atenção dos cientistas.



Acredita-se que essa grande cratera foi formada pelo impacto de um asteroide de 200 quilômetros de extensão, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Esse asteroide pode ter deixado uma quantidade enorme de alguma forma de ferro, que se espalhou de maneira irregular pela crosta lunar, produzindo essas anomalias magnéticas ainda hoje detectadas.


Os cientistas especulam também se a Lua tinha algum tipo de campo eletromagnético depois da sua formação, que estaria presente inclusive no evento do grande impacto do asteroide, mas que foi desaparecendo ao longo do tempo. Simulações por computador indicam que o campo lunar de fato existiu e que o magnetismo encontrado em regiões da superfície faz parte tanto de materiais do espaço quanto de restos do campo eletromagnético que ainda resistem no satélite.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Lugar mais frio do Universo

A Nebulosa do Bumerangue revelando sua verdadeira forma, com ALMA 
(Foto: Bill Saxton, NRAO/AUI/NSF, NASA/Hubble, Raghvendra Sahai)
Com Outubro acabando e o verão se aproximando lentamente por aqui, e o inverno lá no hemisfério norte as árvores começam a perder as suas folhas e a temperatura cai devagar. Lembra quando nevou em Curitiba? Você acha que estava frio?

Acho que você não conhece o frio.

Em uma positivamente  frígida temperatura de 1K (-272 graus Celsius) a Nebulosa do Bumerangue na constelação Centaurus é oficialmente o lugar mais frio conhecido do universo. É até mesmo mais fria do que a temperatura ambiente do espaço!

Usando o Atacama Large Milimeter/submilimeter Array (ALMA) no Chile, astrônomos conseguiram captar um melhor visual dessa nuvem congelante de gás e poeira para aprenderem mais sobre suas propriedades frígidas.

A Nebulosa do Bumerangue já foi fotografada antes por ambos telescópios terrestre e o telescópio espacial Hubble, e aparece em uma luz visível na forma de uma 'gravata borboleta' (ou dois bumerangues sobrepostos opostamente). Mas novas observações usando as altas capacidades de resolução de ALMA revelaram sua verdadeira forma.

"O que parecia como uma forma de arco duplo ou um 'bumerangue', vindo de telescópios terrestres, é na realidade um estrutura muito maior que está se expandindo rapidamente no espaço" disse Raghvendra Sahai, um pesquisador e principal cientista do laboratório de propulsão a jato da NASA e autor de um trabalho publicado na Astrophysical Journal.

Um estreito cinturão de partículas de poeira também foi encontrado - graças a ALMA - ao redor da estrela dentro da nebulosa, que impede que alguns comprimentos de onda luminosa atravessem e criem a forma da 'gravata borboleta' vista em imagens visíveis anteriores.
Imagem do Hubble da Nebulosa do
Bumerangue tirada em 1998.
(Foto: NASA/ESA)

Então, por quê essa nebulosa é tão incrivelmente fria? Ela na realidade está esfriando a si mesma enquanto cresce, astrônomos descobriram.

Com a estrela, semelhante ao Sol,  no centro se aproxima de seu fim isso expande a nebulosa com rápida liberação de gás. Esta expansão cria um efeito refrigerador - semelhante a como o gás expansivo no freezer ajuda a prevenir seu sorvete de derreter.

O gás nessa nebulosa está viajando muito mais rápido do que qualquer outra coisa na sua geladeira no entanto. - 500.000Km/h.

Com 1 Kelvin, a Nebulosa do Bumerangue é até mais fria do que os lugares mais frios conhecidos do nosso sistema solar: as permanentes-sombrias crateras no pólo sul da Lua que nunca recebem luz solar. Até aqueles 'bolsos de trevas' tem uma agradável temperatura de 33 Kelvin. (apenas para comparação, água congela em 273.15K).

Pelo assunto em questão, até no meio do espaço intergalático onde há o 'nada' continua sendo mais quente - o microondas cósmico de fundo 'brilha' em uma constante de 2.8K.

A nova pesquisa também mostra que a bordas da nebulosa estão aquecendo conforme a expansão do gás diminui -  mesmo assim ela ainda continua um pouquinho mais fria que o MCF.

"Isso é importante para o entendimento de como as estrelas morrem e transformar-se nebulosas planetárias" afirma Sahai. "Usando Alma, nós estamos quase que literalmente e figurativamente capazes de lançar uma nova luz nos 'suspiros de morte' de uma estrela semelhante ao Sol."

A Nebulosa do Bumerangue está localizada a 5.000 anos-luz da Terra dentro de nossa galáxia Via Láctea. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Água encontrada em asteroide indica existência de exoplanetas habitáveis.

Astrônomos anunciaram a descoberta da primeira evidência de água em um corpo celeste rochoso vindo de fora do Sistema Solar. 

Impressão artística mostra asteroide rico em pedras e água sendo despedaçado pela forte gravidade da estrela anã branca GD 61: essa é a primeira vez que água é encontrada além do Sistema Solar. Foto: Mark A. Garlick, space-art.co.uk, Universidade de Warwick e Universidade de Cambridge / Divulgação

Através dos destroços de um asteroide que orbitava uma estrela exaurida – ou anã branca –, os cientistas determinaram que a estrela GD 61 e seu sistema planetário, localizado a aproximadamente 150 anos-luz do nosso planeta e em seus últimos momentos de vida, têm o potencial de abrigar exoplanetas semelhantes à Terra. 

Essa é a primeira vez que tanto água quanto uma superfície rochosa – dois aspectos considerados fundamentais para a existência de planetas habitáveis e, portanto, vida – foram encontrados juntos além do nosso sistema solar. 

A Terra é essencialmente um planeta "seco", com apenas 0.02% de sua massa contendo água de superfície, o que significa que oceanos surgiram depois que o planeta tinha se formado: provavelmente quando asteroides cheios de água vindos do Sistema Solar colidiram contra o nosso planeta. Pesquisadores das universidades de Cambridge e Warwick que publicaram o estudo na revista Science acreditam que o mesmo "sistema de entrega" de água possa ter ocorrido no distante sistema solar dessa estrela. 

Evidências obtidas com base em análises do telescópio espacial Hubble e do observatório astronômico Keck, no Havaí, sugerem que esse sistema continha um tipo similar de asteroide rico em água – o mesmo que teria trazido o elemento pela primeira vez à Terra. O corpo celeste analisado é composto por 26% de água em sua massa, quantidade bastante parecida à de Ceres, outrora considerado o maior asteroide do Sistema Solar e hoje um planeta anão. Ambos têm muita mais água em sua composição do que a Terra. 

"A descoberta de água em um grande asteroide significa que a 'pedra fundamental' de planetas habitáveis existiu – e talvez ainda exista – no sistema da GD 61, e provavelmente também ao redor de um número significativo de estrelas similares", afirmou Jay Farihi, do Instituto de Astronomia de Cambridge, um dos autores da pesquisa. 

Os astrônomos descrevem a descoberta como "um olhar para o nosso futuro" já que, daqui a seis bilhões de anos, talvez, astrônomos de outros planetas estudando os destroços ao redor do Sol – então extinto, sem hidrogênio – poderão chegar à mesma conclusão: que os planetas terrestres uma vez orbitaram a nossa estrela-mãe. 


Fonte: Terra

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Há mais planetas que estrelas na Via Láctea

Há mais planetas que estrelas na Via Láctea
Planetas são a regra, não a exceção
Uma equipe internacional de astrônomos utilizou a técnica de microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na Via Láctea.
Após uma busca que durou seis anos, com a observação de milhões de estrelas, a equipe concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a exceção.
Durante os últimos 16 anos, os astrônomos detectaram mais de 700 exoplanetas confirmados - o telescópio espacial Kepler já possui milhares de "candidatos a exoplanetas", que ainda precisam ser confirmados.
Alguns desses planetas extrassolares já começam a ser estudados em profundidade: em 2010, os astrônomos conseguiram pela primeira vez captar a luz direta de um exoplaneta e analisar a atmosfera de uma super-Terra.
Embora o estudo das propriedades dos exoplanetas individuais seja extremamente importante, uma questão básica ainda permanecia: quão comuns são os planetas na Via Láctea?
Microlentes gravitacionais
A maioria dos exoplanetas conhecidos foram encontrados ou pelo efeito gravitacional que exercem sobre a sua estrela hospedeira ou quando de sua passagem em frente do seu sol, o que diminuindo ligeiramente o brilho da estrela.
Ambas as técnicas são muito mais sensíveis a planetas que ou são de grande massa ou se encontram próximo das suas estrelas. Por consequência, muitos planetas não podem ser encontrados por estes métodos de detecção.
Uma equipe internacional de astrônomos procurou exoplanetas utilizando um método totalmente diferente - as microlentes gravitacionais - que permite detectar planetas num grande intervalo de massas e também os que se encontram muito mais afastados das suas estrelas.
"Durante seis anos procuramos evidências de exoplanetas a partir de observações de microlentes. Curiosamente, os dados mostram que os planetas são mais comuns na nossa Galáxia do que as estrelas. Descobrimos também que os planetas mais leves, tais como super-Terras ou Netunos frios, são mais comuns do que os planetas mais pesados," afirma Arnaud Cassan, do Instituto de Astrofísica de Paris.
Os astrônomos utilizaram observações nas quais os exoplanetas são detectados pelo modo como o campo gravitacional das suas estrelas hospedeiras, combinado com o de possíveis planetas, atua como uma lente, ampliando a luz de uma estrela ao fundo.
Se a estrela que atua como uma lente tem um planeta em órbita, esse planeta pode contribuir de forma detectável para o efeito de brilho provocado na estrela de fundo.
Há mais planetas que estrelas na Via Láctea
A maior parte das observações desta pesquisa utilizou um telescópio dinamarquês instalado no observatório La Silla, no Chile, coordenado pelo Observatório Europeu do Sul. [Imagem: ESO/Z. Bardon]
Exoplanetas encontrados
As microlentes gravitacionais são uma ferramenta com potencial de conseguirem detectar exoplanetas que não poderiam ser descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o alinhamento, bastante raro, entre a estrela de fundo e a estrela que atua como lente para que possamos observar este evento.
E, para descobrir um planeta, é preciso ainda que a órbita do planeta se encontre igualmente alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.
Embora encontrar um planeta por meio de microlente esteja longe de ser uma tarefa fácil, nos seis anos de procura, três exoplanetas foram efetivamente detectados: uma super-Terra e dois planetas com massas comparáveis à de Netuno e à de Júpiter.
Uma super-Terra tem uma massa entre duas a dez vezes a da Terra. Até agora foram publicados um total de 12 planetas detectados pela técnica de microlente, utilizando diversas estratégias observacionais.
Em termos de microlente gravitacional este é um resultado excepcional.
Ao detectar três planetas, ou os astrônomos tiveram imensa sorte e acertaram em cheio, apesar da baixa probabilidade, ou os planetas são tão abundantes na Via Láctea que este resultado era praticamente inevitável.
Mais planetas do que estrelas
Os astrônomos combinaram seguidamente a informação sobre os três exoplanetas detectados com sete detecções anteriores e com um enorme número de não-detecções durante os seis anos do trabalho.
A conclusão foi que uma em cada seis estrelas estudadas possui um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm super-Terras.
O rastreio era muito sensível a planetas situados entre 75 milhões de quilômetros e 1,5 bilhões de quilômetros de distância às suas estrelas (no Sistema Solar estes valores correspondem a todos os planetas entre Vênus e Saturno) e com massas que vão desde cinco massas terrestres até dez massas de Júpiter.
A combinação destes resultados sugere que o número médio de planetas em torno de uma estrela seja maior que um. Ou seja, os planetas serão a regra e não a exceção.
"Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na nossa Galáxia. Mas agora parece que literalmente bilhões de planetas com massas semelhantes à da Terra orbitam estrelas da Via Láctea," conclui Daniel Kubas, co-autor do artigo científico.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Água em solo marciano traz novas esperanças

Curiosity em Marte (Foto: NASA)
As amostras de solo do "planeta vermelho" coletadas pela sonda Curiosity trazem uma nova esperança para uma futura exploração humana em marte. Quem sabe até o estabelecimento de uma colônia?

Foi divulgado pelos pesquisadores da NASA, nesta quinta (26), que a primeira amostra analisada do solo de marte continha cerca de 2% de água. Por que isso é importante? Porque essa informação traz a esperança de uma forma de hidratar os humanos que futuramente virão explorar o planeta vermelho.

"Vemos marte como um deserto muito seco e embora não se encontre tanta água quanto no solo da Terra, é substancial", informou Laurie Leshin, a principal autora do estudo publicado pela renomada revista científica americana "Science".

Em 0,03 m³ de solo marciano, um bloco com largura, profundidade e altura proporcional a um pé, "talvez que você possa tirar dali uns dois 'pint' (0,94 litros)", acrescente Lenshin, decana de Ciência do Instituto Politécnico Renssealer.

Nenhuma agência espacial tem planos para levar pessoas a marte, pelo menos não a curto prazo, mas os Estados Unidos dizem ter esperança de conseguirem enviar os primeiros humanos para marte por volta de 2030.

Indícios de água no vizinho empoeirado e seco da Terra não são novidade.
Sondas e orbitadores já tinham descoberto anteriormente evidências que Marte provavelmente tinha água, seja na forma de gelo, de reservatórios subterrâneos ou, inclusive, água potável, talvez bilhões de anos atrás.
Mas as evidências mais recentes vieram de dez dos equipamentos mais avançados já enviados para investigar a superfície marciana a bordo da sonda Curiosity, que pousou ali em 2012.
As descobertas, descritas em cinco diferentes artigos publicados na "Science", incluem a análise de uma amostra de pó, terra e solo finamente granulado de uma parte da Cratera Gale, conhecida como Rocknest (berço rochoso).
Leshin disse que a amostra analisada pela sonda Curiosity provavelmente representa o que se poderia encontrar em outras regiões de Marte, uma vez que o planeta é coberto com uma fina camada de solo superficial.
'Agora sabemos que deve ter havido água em abundância e facilmente acessível em Marte', disse Leshin.
Fonte: G1

domingo, 29 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Viada Alienígena na estratosfera?

Um professor da Universidade de Sheffield (Reino Unido) afirma ter coletado material orgânico a 27 mil m de altitude. Segundo Milton Wainwright, não é conhecido nenhum fenômeno natural capaz de levar essas partículas a essa altitude, com exceção de violentas erupções vulcânicas. 
Fotografia divulgada nesta sexta-feira (20) pela Universidade de Sheffield mostra o que um grupo de cientistas britânicos considera uma partícula de vida do espaço. Eles acreditam ter encontrado provas da existência de vida fora da terra. Foto: EFE/Universidad de Sheffield/Ho
Contudo, como nenhum vulcão entrou em erupção nos últimos três anos na região pesquisada, Wainwright conclui que a única fonte possível para essas "entidades biológicas" é o espaço. As informações são do Huffington Post. 

"Nossa conclusão é que a vida está continuamente chegando à Terra pelo espaço, a vida não é restrita a este planeta e certamente não se originou aqui", diz o professor. "Se a vida continua a chegar do espaço, então nós temos que mudar completamente nossa visão de biologia e evolução (...) novos livros didáticos terão que ser escritos!" 

Segundo o Huffington Post, Wainwright divulgou seu estudo no Journal of Cosmology, uma publicação especializada controversa, com uma política de revisão por pares "questionável". O professor admite, contudo, que pode ser descoberto um processo natural que tenha levado as partículas à estratosfera. 

O próximo passo, afirma o pesquisador, é descobrir se o material é realmente de fora da Terra. "O experimento absolutamente crucial será o que é chamado de 'fracionamento isotópico'. Nós vamos pegar algumas amostras que isolamos da estratosfera e introduzir em uma máquina complexa. Um botão será apertado. Se a proporção de isótopos nos der um número, então os organismos serão da Terra, se der outro, eles são do espaço." 

Fonte: Terra

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Sistema Solar

O nosso sistema solar é composto por oito planetas, cinco planetóides, centenas de satélites planetários, milhares de asteróides e milhões de cometas, que orbitam uma estrela anã, localizada no braço de Órion da galáxia Via Láctea. 

Existem várias teorias que tentam explicar sua formação. A mais aceita, conhecida como "hipótese nebular", admite que o nosso sistema solar surgiu há cerca de 4,56 bilhões de anos a partir de uma vasta nuvem de gases (principalmente hidrogênio e hélio) e poeira que se condensou, devido a atração gravitacional, até formar um nódulo central, formando um "proto-sol". Na parte mais externa desta nuvem formaram-se pequenos acúmulos de matéria que passaram a orbitar este proto-sol em vários planos, mas sucessivas colisões entre estes foram acrescendo matéria que, com campos gravitacionais maiores, passaram a absorver o material de órbitas próximas formando proto-planetas, com órbitas praticamente circulares e coplanares com o plano equatorial deste proto-sol. 

A enorme pressão gravitacional no interior deste proto-sol começou a fundir os núcleos de hidrogênio em hélio, que o fez atingir 10 milhões de graus Celsius e começar a brilhar. A radiação liberada nestas fusões nucleares gerou um vento solar muito forte, que passou a varrer os elementos mais voláteis dos planetas mais próximos, deixando-os apenas com os materiais mais pesados, como rochas e metais. Os planetas mais distantes mantiveram quase todo o seu material original, tornando-se os "gigantes gasosos" do nosso sistema solar. Se o maior destes, o planeta Júpiter, tivesse entre 20 e 80 vezes a sua massa atual, poderia também iniciar fusões nucleares em seu interior, tornando-se a segunda estrela do nosso sistema solar, mas do tipo "anã marrom", de baixa luminosidade. 


A forte gravidade de Júpiter impossibilitou que o material mais próximo de sua órbita se acumulasse para formar corpos do tamanho de planetas, que então continuou a orbitar o Sol e formam o que hoje conhecemos como "cinturão de asteróides". 



Nos limites do nosso sistema solar existe ainda um outro cinturão de asteróides denominado "cinturão de Kuiper" (pronuncia-se "Cáiper"). Sua origem é incerta, mas acredita-se que seus objetos são remanescentes da nebulosa proto-solar que deu origem aos planetas. Alguns dos objetos desta região têm dimensões quase planetárias, denominados planetas-anões, como Éris, Caronte e Plutão (considerado um planeta até 11 de Junho de 2008). 



A maioria dos planetas do nosso sistema solar possuem satélites naturais, que são corpos menores que orbitam estes em vez do Sol. Alguns destes satélites naturais podem ter se formado juntos com o planeta que orbitam, outros podem ter sido atraídos e capturados pelos campos gravitacionais dos planetas e outros ainda podem ter surgido dos restos de violentas colisões sofridas pelo planeta que orbitam, como, possivelmente, é o caso da nossa Lua. 



Muito além das órbitas dos planetas, existem ainda pequenos corpos feitos de "gelo sujo" (gases congelados e poeira), considerados resíduos da formação do sistema solar, que também orbitam o nosso Sol. Possuem órbitas altamente elípticas, que os trazem para muito perto do Sol e depois os jogam profundamente no espaço, freqüentemente para além da órbita de Plutão. Quando um destes corpos está distante do Sol, as baixíssimas temperaturas mantêm seu material congelado, em estado sólido. Mas quando se aproxima do Sol, sua temperatura aumenta, fazendo com que as substâncias mais voláteis evaporem e formem uma espécie de atmosfera a sua volta, que é soprada pelos ventos solares formando uma "cauda" que se estende por milhões de quilômetros, sempre na direção contrária ao Sol, quando o chamamos de "cometa".

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Minijato de poeira é visto por sonda da Nasa em um dos anéis de Saturno

Minijato no anel F de Saturno registrado pela sonda Cassini (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute)

A sonda espacial Cassini, que estuda Saturno e suas luas desde 2004, registrou um minijato no anel F do planeta dos anéis. A imagem foi feita em luz visível, no dia 20 de junho, e divulgada nesta segunda-feira (16) pela agência espacial americana (Nasa).

Segundo os cientistas, os minijatos são causados por colisões, em baixa velocidade, de poeira vinda do núcleo do anel.
A foto clicada pela Cassini com uma de suas duas câmeras está 48° abaixo do plano normal dos anéis. A imagem foi obtida a uma distância de cerca de 1.400 mil km de Saturno, em uma escala de 8 km por pixel.
No canto superior direito da imagem acima, também aparece o anel A do sexto planeta do Sistema Solar. Seus sete anéis são nomeados de A a G, pela ordem em que foram descobertos. São eles: D, C, B, A, F, G e E.
A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI). A equipe que processa e libera as imagens fica no Instituto de Ciência Espacial, em Boulder, Colorado.
Saturno e Titã, uma de suas dezenas de luas, em imagem do dia 31 de agosto de 2012 (Foto: HO/Nasa/AFP)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O fato mais impressionante sobre o Universo

Nós podemos nos perguntar, dentre tantos conhecimentos e fatos que existem em nosso Universo relativamente infinito, qual deles é o mais impressionante? Para alguns a resposta pode ser a ordem, para outros poderia ser a vida, e assim começaríamos uma grande discussão que levaria semanas.
Eu no entanto acredito que a resposta para essa pergunta pareça ser bem pessoal, mas eu digo que compartilho da mesma opinião que do astrofísico norte-americano Neil deGrasse Tyson.
No vídeo abaixo, narrado por Guilherme Briggs (lembra do Buzz Lightyear?), Neil nos conta sobre a sua resposta para nossa pergunta. Qual é o fato mais impressionante do Universo. 
Acredite em mim a resposta desse astrofísico é um tanto encorajadora.

Fiquem com essa resposta sempre em mente! Tenham um ótimo final de semana pessoal!

Imagem da Semana

Galáxia espiral IC 2560 (Foto: Hubble/ESA & NASA)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Em 1 ano, Curiosity vê indícios de água e vida microbiana no passado de Marte

A sonda Curiosity completou um ano em 6 de agosto deste ano. Em metade do tempo previsto para sua missão principal, o jipe-robô já detectou que o planeta pode ter abrigado vida no passado.

"Os sucessos da nossa Curiosity - aquele dramático pouso um ano atrás e as descobertas científicas desde então - nos levam adiante na exploração espacial, em direção ao envio de humanos para asteroides e para Marte", afirma o diretor da Nasa, Charles Bolden. "Marcas de pneus hoje vão nos levar a pegadas de botas mais tarde". 

Entre esses sucessos, quatro descobertas se destacam, de acordo com Duilia Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa: “Inspeção de pedras que parecem ser do leito de um riacho extinto, confirmação de que Marte teve água no passado, análise da composição química das rochas marcianas e confirmação de que Marte já teve condições de abrigar vida microbiana”. 

Para esses avanços, a Curiosity coletou 190 gigabits de dados, enviou 36,7 mil imagens completas à Terra, disparou mais de 75 mil vezes seu raio laser, perfurou e coletou material de duas rochas e percorreu mais de 1,6 quilômetros de distância. 

Primeiro sucesso 

​Em uma missão desse tamanho, até o pouso pode ser considerado uma conquista. Da década de 1960 até hoje, a taxa de sucesso do envio de sondas a Marte fica abaixo de 50%. E a Curiosity não é uma sonda qualquer: o jipe-robô custa US$ 2,5 bilhões, carrega aparato científico delicado e pesa quase 1 tonelada. Mesmo assim, após se desvencilhar da nave que a levou até o planeta vermelho, a representante terrestre atingiu a Cratera de Gale intacta às 2h32 do dia 6 de agosto de 2012. 

Depois da viagem de oito meses e 570 milhões de quilômetros da Terra até Marte, o trabalho da sonda estava só começando. Seus objetivos eram claros: analisando o clima, a geologia e a habitabilidade de Marte, constatar se há ou se já houve vida em Marte e coletar o máximo de dados para determinar se será viável uma missão tripulada ao planeta vermelho no futuro. 
Na Terra, angústia. Imediatamente após o pouso, dezenas de cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, aguardavam em silêncio o anúncio de que a sonda havia descido com segurança. Em imagens transmitidas pela agência, ouviram-se os gritos que eclodiram pela sala ante a confirmação. Braços para o alto, choro, pulos na cadeira, abraços. “Oh god”, disse um. “Vamos ver até onde a Curiosity vai nos levar”, falou outro. 

Fonte: Terra 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Astrônomos identificam alinhamento cósmico misterioso


Resultado das pesquisas foi considerado surpreendente e pode ajudar na compreensão da história da galáxia. 

Com o auxílio do New Technology Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), e do Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), astrônomos exploraram mais de 100 nebulosas planetárias situadas no bojo central da nossa galáxia e descobriram que os membros em forma de borboleta desta família cósmica tendem a alinhar-se misteriosamente. O resultado foi considerado surpreendente, tendo em vista as histórias diferentes e propriedades variadas dos corpos celestes. 

Nas últimas fases da vida, uma estrela como o Sol lança suas camadas exteriores para o espaço circundante, dando origem a objetos chamados nebulosas planetárias, que apresentam uma variedade de formas bonitas e intrigantes. Um dos tipos de nebulosa, conhecida como nebulosa planetária bipolar, costuma formar ampulhetas ou borboletas "fantasmagóricas" em torno das suas estrelas progenitoras. 

Todas estas nebulosas formaram-se em locais diferentes e apresentam diferentes características. E nem as nebulosas individuais nem as estrelas que as formaram interagem com outras nebulosas planetárias. No entanto, um novo estudo feito por astrónomos da Universidade de Manchester, Reino Unido, mostra semelhanças surpreendentes entre algumas destas nebulosas: muitas delas alinham-se no céu da mesma maneira. 

"Esta é verdadeiramente uma descoberta surpreendente e, se for confirmada, uma descoberta muito importante", explica Bryan Rees, da Universidade de Manchester, um dos dois autores do artigo científico que apresenta estes resultados. "Muitas destas borboletas fantasmagóricas parecem ter os seus eixos maiores alinhados ao longo do plano da nossa galáxia. Ao usar imagens tanto do Hubble como do NTT, pudemos ver muito bem estes objetos e por isso conseguimos estudá-los com grande detalhe". 

Os astrónomos observaram 130 nebulosas planetárias no bojo central da Via Láctea e identificaram três tipos diferentes destes objetos, estudando cuidadosamente as suas características e a sua aparência. "Enquanto duas destas populações estavam alinhadas no céu de modo completamente aleatório, como o esperado, descobrimos que a terceira - as nebulosas bipolares - mostrava uma preferência surpreendente por um determinado alinhamento", explica o segundo autor do artigo, Albert Zijlstra, também da Universidade de Manchester. "Apesar de qualquer alinhamento ser por si só uma surpresa, encontrá-lo na região central muito populosa da galáxia é ainda mais inesperado". 

Pensa-se que as nebulosas planetárias são esculpidas pela rotação do sistema estelar a partir do qual se formam, dependendo por isso das propriedades do sistema - por exemplo, se se tratar de uma estrela binária, ou se existirem um número de planetas em sua órbita, ambos os fatores são suscetíveis de influenciar a forma da bolha soprada. As formas das nebulosas bipolares são bastante extremas e são provavelmente causadas por jatos que lançam, a partir do sistema binário, matéria perpendicular à órbita. 

"O alinhamento que estamos a ver destas nebulosas bipolares indicam que algo de estranho se passa nos sistemas estelares situados no seio do bojo central", explica Rees. "Para que se alinhem do modo que vemos, os sistemas estelares que formam estas nebulosas teriam que estar a rodar perpendicularmente às nuvens interestelares a partir das quais se formaram, o que é muito estranho". 

Apesar das propriedades das suas estrelas progenitoras darem forma a estas nebulosas, esta nova descoberta aponta para outro fator ainda mais misterioso. Ao mesmo tempo em que temos estas características estelares complexas temos também as da Via Láctea; o bojo central roda como um todo em torno do centro galáctico. Este bojo pode ter uma influência maior sobre toda a nossa Galáxia do que o suposto anteriormente - através dos campos magnéticos. Os astrónomos sugerem que o comportamento ordenado das nebulosas planetárias poderia ter sido causado pela presença de campos magnéticos fortes existentes na altura em que o bojo se formou. 

Como as nebulosas mais perto de casa não se alinham do mesmo modo ordenado, estes campos teriam que ter sido muitas vezes mais forte do que os que existem presentemente na nossa vizinhança. "Podemos aprender muito com o estudo destes objetos", conclui Zijlstra. "Se as nebulosas se comportam realmente deste modo inesperado, este facto terá consequências não apenas para o passado de estrelas individuais, mas também para o passado de toda a Galáxia".

Fonte: Terra 

domingo, 8 de setembro de 2013

Planeta Vênus e a Lua

Foto tirada na noite deste domingo(09/09/2013) no céu Curitibano.


Apesar de parecer ser uma estrela, este ponto encontrado no céu desta noite, é o planeta Vênus. Muitos faze essa confusão mas existe um macete fácil para diferenciar estrelas de planetas.
Ao olharmos o céu noturno com atenção, conseguimos observar: estrelas que parecem "piscar" e outras com brilho fixo.
As estrelas "piscantes"  são estrelas mesmo. A "estrelas" com brilho fixo são planetas.
O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulências na atmosfera da Terra.
A imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando a atmosfera se agita, a luz emitida por uma estrela sofre um efeito de refração e é desviada em diversas direções. Por isso, a imagem da estrela sofre leves alterações de brilho e posição, e ela fica “piscando”.

Fonte : http://fisicanossa.blogspot.com.br/2011/11/como-diferenciar-uma-estrela-de-um.html

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nebulosas em forma de borboleta

Conjunto de Nebulosas planetárias captadas pelo telescópio Hubble (Foto: NASA)

Astrônomos analisaram imagens de mais de 100 nebulosas planetárias captadas pela agência espacial americana (Nasa) e pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Eles descobriram que estes fenômenos, cujo formato em algumas situações lembra uma borboleta, tendem a ficar numa posição alinhada, mesmo tendo origens e propriedades variadas.

O efeito acontece em estrelas pequenas e médias, de tamanho não muito diferente do Sol. A observação ocorreu com nebulosas bipolares na região central da galáxia.

Apesar do nome, a nebulosa planetária é uma fase da evolução de uma estrela. No caso das nebulosas bipolares, um grande volume de gás e poeira estelar é expelido em duas direções a partir do núcleo, formando as "asas" da borboleta. O seu núcleo é uma anã-branca - uma estrela em um dos seus últimos estágios de existência.

Apesar de as nebulosas planetárias observadas terem se formado em locais diferentes, com características distintas e de não haver interação entre as anãs brancas e suas estruturas, a pesquisa mostra que elas têm um alinhamento semelhante entre si.

"Muitas dessas 'borboletas' fantasmagóricas parecem ter seus longos eixos alinhados ao longo do plano da nossa galáxia", afirmou Bryan Rees, cientista da Universidade de Manchester e um dos autores do estudo, em entrevista à Agência Espacial Europeia (ESA)."O alinhamento que estamos vendo para essas nebulosas bipolares indica que algo bizarro sobre os sistemas estelares ocorre na região central [da Via Láctea]", disse Rees.

"Para haver o alinhamento da forma que estamos vendo, os sistemas de estrelas que formaram essas nebulosas teriam que estar girando perpendicualrmente às nuvens interestelares de que eles se originaram, o que é muito estranho", completou o cientista.

Fonte: G1

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Chandra observa buraco negro da Via Láctea "rejeitando comida"

      Astrônomos usando o Observatório de raios-X Chandra deram um grande passo na explicação do motivo do material em torno do buraco negro gigante no centro da Via Láctea ser extremamente fraco em raios-X. Esta descoberta tem implicações importantes para a compreensão dos buracos negros. 

Novas imagens de Sagittarius A* (Sgr A*) pelo Chandra, que está localizado a cerca de 26.000 anos-luz da Terra, indicam que menos de 1% do gás inicialmente ao alcance gravitacional de Sgr A* chega ao ponto de não retorno, também chamado horizonte de eventos. Em vez disso, a maior parte do gás é expelido antes de chegar perto do horizonte de eventos e antes de de aumentar seu brilho, levando à pouca emissão de raios-X. 
       Estas novas descobertas são o resultado de uma das mais longas campanhas observacionais já realizadas com o Chandra. O observatório recolheu o equivalente a cinco semanas de dados de Sgr A* em 2012. Os cientistas usaram este período de observação para capturar imagens e assinaturas energéticas em raios-X, extraordinariamente detalhadas e sensíveis, do gás super-aquecido que roda em torno de Sgr A*, cuja massa é aproximadamente 4 milhões de vezes maior que a do Sol. 
Composição da região em torno de Sagittarius A* (Sgr A*), o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia. A emissão em raios-X obtida pelo Chandra é vista em azul, e a emissão infravermelha do Hubble é vista em púrpura e amarelo. A ampliação mostra Sgr A* apenas em raios-X, cobrindo uma região com meio ano-luz em diâmetro. Crédito: raios-X: NASA/UMass/Q. D. Wang et al.; Infravermelho: NASA/STScI
"Nós achamos que a maioria das grandes galáxias tem um buraco negro supermassivo no seu centro, mas estão muito longe para estudarmos como a matéria flui perto deles," realça Q. Daniel Wang da Universidade de Massachusetts em Amherst, que liderou o estudo publicado na revista Science. "Sgr A* é um dos poucos buracos negros perto o suficiente para que nós possamos realmente testemunhar este processo." 
        Os pesquisadores descobriram que os dados de Sgr A* pelo Chandra não suportam os modelos teóricos nos quais os raios-X são emitidos a partir de uma concentração de estrelas de baixa-massa em redor do buraco negro. Em vez disso, os dados em raios-X mostram que o gás perto do buraco negro provavelmente é originário de ventos produzidos por uma distribuição de jovens estrelas massivas, distribuição esta em forma de disco. 
        "Esta nova imagem do Chandra é uma das mais esplêndidas que já vi," afirma a co-autora Sera Markoff da Universidade de Amesterdão nos Países Baixos. "Estamos vendo Sgr A* capturando gás quente expelido por estrelas próximas, e a afunilá-lo na direção do horizonte de eventos." 
Para mergulhar no horizonte de eventos, o material capturado por um buraco negro deve perder calor e momento. A expulsão de matéria permite com que isto ocorra. 
         "A maioria do gás deve ser jogado fora assim que uma pequena quantidade alcança o buraco negro," afirma o co-autor Feng Yuan do Observatório Astronômico de Xangai na China. "Ao contrário do que se pensa, os buracos negros na realidade não devoram tudo o que é puxado na sua direção. Sgr A* aparentemente acha que muito do seu alimento é difícil de engolir." 
         O gás disponível para Sgr A* é muito difuso e super-quente, por isso é difícil de ser capturado e engolido pelo buraco negro. Os buracos negros glutões que alimentam quasares e produzem grandes quantidades de radiação têm reservatórios de gás muito mais frio e denso do que os de Sgr A*. 
         O horizonte de eventos de Sgr A* lança uma sombra contra a matéria brilhante em torno do buraco negro. Esta pesquisa ajuda os esforços que usam radiotelescópios para observar e compreender a sombra. Também será útil para a compreensão do efeito que as estrelas e nuvens de gás em órbita têm sobre a matéria que flui na direção de e para longe do buraco negro. 


Fonte: Universe Today

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Hubble revela pela primeira vez a verdadeira cor de exoplaneta



 Astrônomos determinaram pela primeira vez a verdadeira cor de um planeta na órbita de uma estrela diferente do Sol. Se visto por olhos humanos, o planeta conhecido como HD 189733b seria de um profundo azul cobalto - parecido com as cores da Terra quando vista do espaço. As semelhanças, porém, acabam por aí. 
    Esse planeta extrassolar azul é um gigante gasoso que orbita muito próximo de sua estrela. A atmosfera ali é abrasadora, com uma temperatura que ultrapassa os 1000 ºC, e lá chove vidro - em partículas de silicato condensado carregadas por ventos de 7 mil quilômetros por hora. 


Impressão artística do planeta azul HD 189733b mostra cores que lembram a Terra. Foto: NASA, ESA, M. Kornmesser / Divulgação
   À distância de 63 anos-luz da Terra, esse mundo alienígena é um dos exoplanetas mais próximos de nós que pode ser visto cruzando sua estrela. O HD 189733b tem sido intensivamente estudado pelo Hubble e outros telescópios, e astrônomos descobriram que sua atmosfera é muito variável e exótica, com nevoeiros e violentas erupções. Agora, o planeta foi alvo de um estudo que determinou de maneira inédita a cor visível de um exoplaneta. 
     "Esse planeta foi bem estudado no passado, mas medir sua cor é algo realmente novo - podemos imaginar de verdade como esse planeta seria se fôssemos capazes de vê-lo diretamente", afirmou Frédéric Pont, da Universidade de Exeter, autor do estudo que será publicado na edição de agosto da revista Astrophysical Journal Letters. 
      A cor azul desse planeta não é derivada do reflexo de um oceano tropical, mas se deve à turbulenta atmosfera que, acreditam os cientistas, está misturada com partículas de silicato que dispersam luz azul. Para determinar como seria o planeta aos olhos humanos, os astrônomos mediram quanta luz era refletida da superfície do HD 189733b - uma propriedade conhecida como "albedo". 


Fonte: Terra

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Imagem da Semana

Colisão de galáxia anã com grande espiral (Foto:NASA)
Tenha um ótimo final de semana pessoal!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

GJ 504 "Júpiter Rosa" e 60 bilhões de Exoplanetas potencialmente habitáveis

Concepção artística do Exoplaneta GJ 504
A NASA, agência espacial americana, divulgou na semana passada (quarta-feira dia 7), uma concepção artística que ilustra um Exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar), ele foi denominada de GJ 504, ele é muito semelhante e poderíamos até dizer que seria o planeta "Júpiter na versão rosa", enfim sem mais brincadeiras, apesar de ser muito semelhante sua massa é maior por parecer mais denso que Júpiter. Sua idade é estimada ser cerca de 160 milhões de anos.

GJ 504 é apenas um dos bilhões de Exoplanetas que estão espalhados pela Via Láctea (Galáxia local), muitos desses planetas foram descobertos e alguns poucos são muito semelhantes à Terra, tanto em tamanho quanto em atmosfera, e esse tipo de planeta parece ser muito comum em nossa galáxia dizem os estudos, é o caso do Exoplaneta Kepler 22b que se encontra a 600 anos-luz da Terra.

Concepção Artística de Kepler 22b
Os estudos dizem que pode haver vida em cerca de 60 bilhões de Exoplanetas por toda Via Láctea, apesar de apenas poucos planetas potencialmente habitáveis terem sido descobertos até hoje os cientistas acreditam e afirmam que o Universo está cheio de mundos alienígenas capazes de abrigar a vida.
Como mencionado antes nossa galáxia sozinha pode ter 60 bilhões de planetas habitáveis, que orbitam estrelas anãs-vermelhas, conforme aponta uma nova estimativa.
Baseando-se em informações do "caçador de planetas" Kepler, telescópio espacial utilizado pela NASA, cientistas calcularam que de haver um planeta do tamanho da Terra na zona habitável de cada anã-vermelha, o tipo de estrela mais comum. Agora, porém um grupo de pesquisadores dobraram essa estimativa, depois de considerar que a cobertura de nuvens pode ajudar na sustentação de vida em um mundo alienígena (Exoplanetas).
"As nuvens provocam aquecimento e tornam a Terra mais fria.", afirmou em um comunicado o cientista Dorian Abbot. "Elas refletem a luz do Sol para esfriar as coisas e absorvem a radiação infra-vermelha da superfície para fazer o efeito estufa. Isso é parte do que torna o planeta quente o suficiente para abrigar vida." disse o pesquisador da Universidade de Chicago.