quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Curiosidade: O que aconteceria se a Terra parasse de girar?



Para o biólogo Wellinton Delitti, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociência da USP, se um dia a Terra parar de girar, o mais provável é a extinção total da vida no planeta.

Delitti acredita que o fenômeno começaria paralisando inicialmente o sistema climático, a circulação marinha e a vida dos seres humanos. "Uma área do planeta ficaria virada para o Sol, podendo ficar exposta a altas temperaturas, assim como outra parte ficaria totalmente escura, com a possibilidade de baixíssimas temperaturas", explica.

Em razão disso, a possibilidade de algum ser vivo sobreviver seria bastante remota. "Talvez tivessem alguma chance os organismos que vivem no fundo do mar, próximos a abismos que expelem calor das profundezas da Terra, já que eles têm a vida baseada na quimiossíntese (que não depende da luz solar)”. Apesar disso, o biólogo destacou que o mais provável seria "uma catástrofe inimaginável que destruiria todo o ecossistema terrestre".

O professor Marcelo Knobel, do Instituto de Física da Unicamp, lembra que a parada em si também seria determinante. "A Terra sairia de uma velocidade de aproximadamente 900 km/h (em latitude de 45°) para zero, causando uma forte freada, mas essa velocidade pode variar, dependendo da latitude."

Segundo ele, provavelmente os prédios e casas do mundo inteiro cairiam, e uma espécie de terremoto assolaria a superfície terrestre. Já a gravidade não mudaria em absolutamente nada.

O que é e quanto vale um ano-luz?



O Ano-luz é uma medida de comprimento que corresponde à distância percorrida pela luz em um ano. "Isso significa, aproximadamente, 9,5 trilhões de quilômetros", explica o físico Charles Bonatto, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Mais precisamente, são 9.460.536.207.068.016 de metros percorridos com uma velocidade de 299.792.458 metros por segundo durante 365 dias. Só pra ter uma idéia da rapidez, o tempo que a luz leva para percorrer os 149.597.870 de quilômetros que separam a Terra do Sol é de apenas 8,3 minutos.

Kepler 22-b , o planeta semelhante a Terra


Em dezembro de 2011, a Agência Espacial Americana confirmou a descoberta do primeiro planeta localizado na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol. O planeta está sendo chamado de Kepler-22b e tem cerca de 2,5 vezes o tamanho do raio da Terra. Cientistas estão incertos quanto à composição do planeta, mas a descoberta foi um passo a mais na busca por um planeta gêmeo da Terra.

Último planeta anão descoberto

Grupo de pesquisadores, incluindo brasileiros, conseguiu medir com precisão o raio do planeta Éris localizado no extremo do Sistema Solar
Representação artística do planeta Éris


Uma equipe internacional de pesquisadores – com a participação de brasileiros – e astrônomos amadores conseguiu medir o raio do planeta-anão Eris, que é 1.163 quilômetros. A margem de erro da medida é de seis quilômetros para mais ou menos. Com o dado em mãos, o grupo respondeu uma pergunta incômoda que fora formulada no início de 2005, quando Eris foi descoberto: seria esse astro bem maior que Plutão? A resposta é não, visto que o raio estimado de Plutão, que foi considerado o nono planeta do sistema solar até ser rebaixado, em 2006, ao status de planeta-anão, está entre 1.150 e 1.200 quilômetros. O tamanho do raio de Eris, publicado na revista Nature na quarta-feira (26), só foi possível de ser obtido devido à observação de um evento de ocultação raro, no qual o planeta-anão passou na frente de uma estrela distante.

“Eris, como outros objetos localizados depois de Netuno, na região chamada Cinturão de Kuiper, tem importância grande por conter informações sobre a formação e evolução do sistema solar”, explica o coordenador do grupo brasileiro, Roberto Vieira Martins, do Observatório Nacional do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A rara observação de Eris, difícil por ele estar 95 vezes mais distante do Sol que a Terra e por transitar no momento por um local do céu com poucas estrelas, foi feita no dia 3 de novembro de 2010. Dos 62 participantes do estudo, 14 são brasileiros e trabalham em oito instituições espalhadas pelo país.

Segundo Martins, foi necessário um vasto estudo, realizado principalmente por brasileiros, para checar quando o planeta-anão passaria em frente a uma estrela – como num eclipse. Foi levantado por onde a sombra do Eris na Terra. Quanto mais brilhante fosse a estrela, melhor. “Eris é muito pequeno, foi o mesmo que medir um círculo de 20 metros de diâmetro na Lua observando da Terra”, explica o astrônomo.

Após o cálculo, os observatórios por onde o Eris poderia ser visto da Terra apontaram para o planeta-anão. Infelizmente, no dia da observacão as nuvens fecharam o tempo em cidades brasileiras, como Ponta Grossa, Belo Horizonte, São José dos Campos e Itajubá, onde os astrônomos esperavam ver o evento. Para realizar o estudo, os pesquisadores contaram então com dados de outras localidades, como os obtidos pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.

Eris reflete a luz solar. Aliás, reflete muita luz, por isso mesmo os astrônomos pensavam que se tratava de um objeto grande. Agora, com o raio do planeta-anão, os autores do estudo conseguem inferir com maior precisão do que é formada a sua superfície, não dependendo apenas da luz refletida. “Ela é branca, o que é estranho”, diz Martins. Como está muito longe do Sol, numa região fria, quando exposto ao clima espacial – radiações cósmicas – Eris deveria apresentar um gelo escuro, de acordo com estudos já feitos sobre radiações do espaço. Porém, o planeta-anão é um dos objetos mais brancos que existem no sistema solar.

De acordo com os pesquisadores, duas podem ser as explicações para essa cor. Ou os estudos feitos sobre radiações cósmicas não prevêem exatamente o que ocorre, ou material fresco é depositado periodicamente na superfície de Eris – ele deveria ter uma atmosfera como a de Plutão que foi congelada. “Um mecanismo térmico sazonal expele material volátil que retorna congelado à superfície”, conta outro pesquisador brasileiro que participou do estudo, Marcelo Assafin, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Esse depósito de gelo de nitrogênio, em cristais, de uma espessura pequena de milímetros, como um fino filme cobrindo a superfície, é eficiente na reflexão da luz. E, por baixo disso, deve haver mais gelo”, completa.

Além disso, por ser menor do que se previa Eris é um planeta-anão com densidade maior do que a pensada. “Ele deve ter uma quantidade maior de rocha”, conta Assafin. Isto é, “Eris deve ter sido formado mais perto do Sol do que se imagina”, diz Martins. De acordo com os pesquisadores, um modelo propõe que tenha sido formado na região de Júpiter e, depois, lançado para os confins do sistema solar.

Eris, que em grego significa a deusa da discórdia, foi o responsável pelo rebaixamento de Plutão ao título de planeta-anão. Essa categoria de astro foi criada em 2006 (leia a matéria Éramos nove) para designar astros que orbitam o Sol, têm forma arredondada e que compartilham sua órbita com outros corpos na região em que se encontram. Desse modo, o sistema solar possui oito planetas somados a cinco planetas-anões (Plutão, Eris, Haumea, Makemake e Ceres) e a milhares de asteroides. O estudo conclui que Eris e Plutão devem ser considerados planetas-anões gêmeos – apresentam raios, densidade e constituição química similares –, apesar de a atmosfera de Plutão impedir que seja medido seu raio real com precisão melhor que de Eris. Se a estrela fosse mais brilhante, a margem de erro da medida do raio do planeta-anão poderia ser de 2 quilômetros. Mesmo assim, apenas a visita de sondas permitiria medir o tamanho de Eris com maior precisão.

Estrela gigante pode ter cauda do tamanho do Sistema Solar


A estrela gigante Betelgeuse, uma supergigante vermelha também chamada de Alfa Órion, localizada na constelação de Órion, tem uma cauda de gás do tamanho do nosso Sistema Solar, indicaram fotos de uma precisão sem precedente publicadas nesta quarta-feira pelo Observatório de Paris. A Betelgeuse é uma estrela mil vezes maior que o Sol. Isto significa que se estivesse no centro de nosso Sistema Solar, se estenderia até Júpiter, passando por Mercúrio, Vênus e a Terra.
Concepção artística mostra a estrela Betelgeuse, que é mil vezes maior que o Sol; nos pontos à direita (de cima para baixo) estão o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno Foto: AFP
Concepção artística mostra a estrela Betelgeuse, que é mil vezes maior que o Sol; nos pontos à direita (de cima para baixo) estão o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno
Foto: AFP

Ela é cem vezes mais brilhante que o Sol, mas tem apenas alguns milhões de anos, em contraste com os 4,5 bilhões de anos do Sol, e apesar de sua juventude, tem pouco tempo de vida. Dentro de poucos milhares de ano, ela se tornará uma supernova e então será facilmente visível da Terra.

Os astrônomos do Laboratório de Estudos Espaciais e de Instrumentação na Astrofísica (Lesia) do Observatório de Paris obtiveram as imagens mais detalhadas de Betelgeuse graças ao sistema óptico adaptável do telescópio VLT da Organização Europeia de Pesquisa Astronômica (ESO) no Chile. "A óptica adaptativa corrige a maior parte das perturbações ligadas à atmosfera", indicou o Observatório de Paris em um comunicado.

Para destacar a cauda de gás, assim como uma gigantesca bolha que verve na superfície da estrela, os astrofísicos utilizaram uma técnica chamada de "imagem seletiva".
 "Ela consiste em selecionar as melhores imagens entre milhares de poses muito rápidas que fixam as perturbações atmosféricas residuais, para depois combiná-las em uma imagem muito mais fina do que a resultante de uma só pose grande", destacou o Observatório.

Big Bang : a grande explosão



"O Big Bang, também por vezes denominada em português como a Grande Explosão, é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do Universo. Os cosmólogos usam o termo "Big Bang" para se referir à ideia de que o Universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.

Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como "hipótese do átomo primordial". O quadro para o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente.[6] Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta idéia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e temperaturas extremas,[7][8][9] e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.

Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos.[10][11][12] Hoyle mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação cósmica de fundo em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria do Big Bang devem ter ocorrido."

A galáxia retangular

A galáxia anã LEDA 074886, detectada em 2012, está localizada a 70 milhões de anos-luz, mas mesmo à longa distância ela chama a atenção pelo seu aspecto retangular. As galáxias em geral têm formato oval, como discos, elipses tridimensionais, às vezes até com curvaturas irregulares, mas essa nova galáxia tem uma aparência bastante peculiar, com cantos mais definidos.

De acordo com algumas especulações, o aspecto retangular pode ser resultado da colisão de duas galáxias em formato espiral. A LEDA 074886 pode ser vista como um retângulo ou até mesmo se assemelhando a um diamante, mas apresenta um disco de orientação circular no centro. Acredita-se que a galáxia deve perder seus cantos duros ao longo de bilhões de anos.

O magnetismo nas crateras da Lua

Um dos maiores mistérios da Lua, assim como a sua origem e formação, é a presença de campos altamente magnetizados na superfície, mas apenas em algumas partes da crosta e não em sua totalidade. A região da bacia do Polo Sul-Aitken, onde se encontra a maior cratera na superfície da Lua, apresenta também a maior concentração de magnetismo do satélite e tem despertado a atenção dos cientistas.



Acredita-se que essa grande cratera foi formada pelo impacto de um asteroide de 200 quilômetros de extensão, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Esse asteroide pode ter deixado uma quantidade enorme de alguma forma de ferro, que se espalhou de maneira irregular pela crosta lunar, produzindo essas anomalias magnéticas ainda hoje detectadas.


Os cientistas especulam também se a Lua tinha algum tipo de campo eletromagnético depois da sua formação, que estaria presente inclusive no evento do grande impacto do asteroide, mas que foi desaparecendo ao longo do tempo. Simulações por computador indicam que o campo lunar de fato existiu e que o magnetismo encontrado em regiões da superfície faz parte tanto de materiais do espaço quanto de restos do campo eletromagnético que ainda resistem no satélite.